Chega de "decorar" inglês, estás a aprender uma língua, não um menu

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Chega de "decorar" inglês, estás a aprender uma língua, não um menu

Já tiveste esta sensação?

Fizeste o download da aplicação de memorização de vocabulário mais popular, devoraste livros de gramática grossos e guardaste inúmeras notas de estudo de "gurus de inglês". Mas, quando um amigo estrangeiro está à tua frente, a tua mente fica em branco e, após hesitar muito, só consegues proferir um embaraçoso "Hello, how are you?".

Pensamos sempre que aprender uma língua é como fazer compras no supermercado: colocamos palavras, gramática e estruturas frásicas, uma a uma, no carrinho de compras, e na altura de pagar, teríamos, por direito, a competência da "fluência".

Mas qual é o resultado? O nosso carrinho de compras está a abarrotar, mas continuamos sem saber como usar esses ingredientes para fazer um prato decente.


Mudemos de perspetiva: aprender uma língua é mais como aprender a cozinhar

Esqueçamos a palavra "aprender" e substituamo-la por "experienciar".

Imagina que não estás a "aprender" uma língua, mas sim a aprender a cozinhar um prato exótico que nunca provaste.

  • O vocabulário e a gramática são os teus ingredientes e a tua receita. Claro que são importantes; sem eles, não consegues fazer nada. Mas só memorizar a receita na ponta da língua e passar o dia todo a olhar para os ingredientes não vai transformar isso numa boa refeição.

  • A "intuição linguística" é o "ponto" ou o "controlo do lume" na cozinha. Esta é a parte mais fascinante. Quando deves saltear, quando deves adicionar os temperos, quando deves desligar o lume? Nada disto pode ser totalmente ensinado pelas palavras frias de uma receita. Tens de ir para a cozinha, sentir a mudança da temperatura do óleo, cheirar o aroma a espalhar-se e, até mesmo... estragar as coisas algumas vezes.

  • Cometer erros é como queimar a comida. Todo o chef já queimou um prato, e isso não é grave. O importante não é se queimaste ou não, mas sim se provaste para perceber se o lume estava demasiado alto ou se adicionaste o sal demasiado cedo. Cada pequeno "falhanço" está a ajudar-te a dominar o verdadeiro "ponto".

O problema de muitos de nós na aprendizagem de línguas reside aqui: focamo-nos demasiado em memorizar a receita, mas esquecemo-nos de acender o lume.

Temos medo de estragar a comida, medo de desperdiçar ingredientes, medo que os outros se riam da nossa arte culinária. Assim, ficamos sempre na fase de preparação; a cozinha está cheia dos ingredientes mais frescos, mas o fogão está sempre frio.


A verdadeira "fluência" é a coragem de acender o lume

Então, como podemos acender esse fogão?

A resposta é simples: começa por fazer o prato mais simples.

Não penses logo em fazer um "Banquete Manchu-Han" (ter uma conversa profunda e perfeita). Começa antes com "ovos mexidos com tomate" (uma saudação simples).

O objetivo de hoje não é "decorar 100 palavras", mas sim "usar 3 palavras que acabaste de aprender hoje para saudar alguém".

Onde está essa "pessoa"? Esse era o maior desafio. Não temos assim tantos amigos estrangeiros à nossa volta, e viajar propositadamente para o estrangeiro é demasiado caro. Somos como um chef que quer aprender a fazer cozinha de Sichuan, mas não consegue encontrar pimenta de Sichuan e malaguetas.

Mas agora, a tecnologia deu-nos uma "cozinha global" perfeita.

Por exemplo, uma ferramenta como o Intent é como um "fogão inteligente" com função de tradução incorporada. Não precisas de te preocupar se vais saber falar; a IA vai ajudar-te a transformar a tua "conversa do dia a dia" instantaneamente em "pratos exóticos" autênticos. Só precisas de reunir coragem e começar a conversar ousadamente com pessoas do outro lado do mundo.

https://intent.app/

Quando o usas para conversar com um amigo francês sobre os seus filmes favoritos, ou com um amigo japonês sobre o anime que viram recentemente, deixas de ser um "aprendiz".

És um experienciador, um comunicador, um chef que está a desfrutar do prazer de cozinhar.

O verdadeiro encanto de uma língua não reside em quantas frases perfeitas dominas, mas sim em quantas pessoas interessantes ela te pode levar a conhecer e em quantos "sabores" culturais diferentes te pode fazer experienciar.

Por isso, não fiques mais agarrado à receita.

Entra na cozinha, acende o lume e atreve-te a criar, a comunicar, a errar, a provar. Vais descobrir que a parte mais bonita da aprendizagem de uma língua é precisamente o fervor e o calor da vida quotidiana.