Chega de "decorar" línguas estrangeiras, "saboreie-as" como um prato.

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Chega de "decorar" línguas estrangeiras, "saboreie-as" como um prato.

Você já se sentiu assim?

Já decorou milhares de palavras, devorou livros de gramática volumosos e o seu telemóvel está cheio de aplicações de estudo. Mas quando um estrangeiro está realmente à sua frente, a sua mente fica em branco e, depois de muito esforço, só consegue dizer um "Hello, how are you?".

Pensamos sempre que aprender uma língua é como resolver um problema de matemática: basta memorizar as fórmulas (gramática), substituir as variáveis (palavras) e obter a resposta certa (conversação fluente).

Mas e se esta abordagem estiver errada desde o início?

Imagine a língua como um "prato de autor"

Vamos mudar de perspetiva. Aprender uma língua, na verdade, não é como preparar-se para um exame, é mais como aprender a fazer um "prato de autor" complexo.

Vocabulário e gramática são apenas a sua "receita". Ela diz-lhe de que ingredientes precisa e quais são os passos. Isso é importante, mas só com a receita, nunca se tornará um bom cozinheiro.

O que faz um verdadeiro cozinheiro?

Ele irá provar os ingredientes pessoalmente (imerso na cultura desse país, a ver os seus filmes, a ouvir a sua música). Irá perceber o "ponto" certo (compreender as entrelinhas, a gíria e o sentido de humor da língua).

O mais importante é que ele nunca tem medo de estragar um prato. Cada tentativa falhada, seja por queimar demais ou por usar sal a mais, é uma acumulação de experiência para o próximo prato perfeito.

É o mesmo para nós, quando aprendemos línguas. O objetivo não deve ser "decorar a receita" perfeitamente, mas sim ser capaz de preparar pessoalmente uma mesa de pratos deliciosos e partilhá-la com amigos — ou seja, ter uma conversa genuína e calorosa.

Chega de "estudar", comece a "divertir-se"

Por isso, não se considere mais um estudante que estuda arduamente. Veja-se antes como um explorador gastronómico cheio de curiosidade.

  1. Esqueça as "respostas padrão": O diálogo não é um exame, não há uma única resposta correta. O seu objetivo é comunicar, não ter uma gramática perfeita. Uma frase com pequenas falhas, mas sincera, é muito mais comovente do que uma frase gramaticalmente perfeita, mas sem emoção.

  2. Veja os erros como "temperos": Dizer uma palavra errada, usar um tempo verbal incorreto, não é de todo um grande problema. É como quando treme a mão e adiciona um pouco mais de especiarias ao cozinhar: talvez o sabor fique um pouco estranho, mas essa experiência fará com que melhore da próxima vez. A verdadeira comunicação acontece precisamente nestas interações imperfeitas.

  3. Encontre a sua "cozinha" e os seus "comensais": Não é suficiente praticar só na sua cabeça, precisa de uma cozinha real para praticar e de alguém para provar a sua perícia. No passado, isso significava gastar uma fortuna para ir para o estrangeiro. Mas agora, a tecnologia deu-nos melhores opções.

Por exemplo, uma aplicação de chat como o Intent, é como uma "cozinha mundial" sempre aberta para si. Tem tradução simultânea por IA incorporada, o que significa que, mesmo que as suas "habilidades culinárias" ainda sejam rudimentares, não precisa de se preocupar que a outra pessoa não consiga "provar" ou entender completamente. Pode comunicar corajosamente com falantes nativos de todo o mundo e, através de conversas descontraídas, melhorar naturalmente a sua "sensibilidade" linguística.

Eventualmente, descobrirá que o aspeto mais fascinante da aprendizagem de línguas não é quantas palavras memoriza, nem a pontuação alta que obtém num exame.

Mas sim a alegria e o sentido de realização que nascem do fundo do seu coração, quando usa essa língua para rir abertamente com um novo amigo, partilhar uma história ou sentir uma conexão cultural sem precedentes.

Isto, sim, é o "sabor delicioso" que realmente queremos saborear ao aprender uma língua.