Porque é que, depois de 10 anos de inglês, ainda não consegues 'abrir a boca'?

Partilhar artigo
Tempo de leitura estimado 5–8 min

Porque é que, depois de 10 anos de inglês, ainda não consegues 'abrir a boca'?

Muitos de nós partilhamos uma 'dor de cabeça' comum:

Depois de mais de uma década a estudar inglês, com um vocabulário invejável e as regras gramaticais na ponta da língua. No entanto, assim que encontramos um estrangeiro e queremos dizer algo, a nossa mente fica um nó, ficamos com a cara vermelha de esforço e, no fim, só conseguimos desengasgar um embaraçoso "Hello, how are you?".

Porque é que investimos tanto tempo e energia, mas continuamos a ser estudantes de um 'inglês mudo'?

O problema não é a falta de esforço, mas sim o facto de termos seguido o caminho errado desde o início.

Aprender uma língua não é memorizar textos, é aprender a cozinhar

Imagina que queres aprender a cozinhar.

Compraste uma pilha de livros de receitas de topo, decoraste de cor e salteado "A Arte da Culinária" e "Introdução à Gastronomia Molecular". Passas 8 horas por dia a ver todos os programas de culinária, e dominas todos os passos, temperaturas e ingredientes, desde pratos caseiros a jantares Michelin.

Agora pergunto-te: achas que sabes cozinhar?

Claro que não. Porque és apenas um 'crítico gastronómico', não um 'chef'. Tens a cabeça cheia de teoria, mas nunca entraste realmente na cozinha e pegaste numa espátula.

Aprender uma língua é igual.

A maioria de nós age como 'críticos de linguagem'. Memorizamos obsessivamente vocabulário (como memorizar ingredientes de receitas), devoramos a gramática (como estudar teoria culinária) e praticamos a audição intensivamente (como ver programas de culinária). Pensamos que, se virmos e soubermos o suficiente, um dia vamos conseguir 'abrir a boca' naturalmente.

Mas este é o maior engano. Compreender, não significa saber falar. Tal como entender uma receita, não significa saber cozinhar.

'Falar' e 'escrever' são como 'pôr as mãos na massa' na cozinha, são a 'produção'; enquanto 'ouvir' e 'ler' são como ler a receita, são a 'entrada'. Se apenas leres e não fizeres, serás sempre um mero espectador.

A tua 'língua materna' também enferruja, tal como a perícia de um chef

Este princípio aplica-se até à nossa língua materna.

Imagina um chef de cozinha Sichuana de topo, que emigrou e durante vinte anos só cozinhou massa e pizza. Quando regressar a Chengdu e quiser fazer um autêntico 'Huí Guō Ròu', achas que a sua perícia estará tão perfeita como era?

Muito provavelmente não. Pode ter esquecido a proporção de certas especiarias, ou a sua sensibilidade para a temperatura ter diminuído.

A língua é também uma espécie de 'memória muscular'. Se usares inglês 90% do tempo, os teus 'músculos' chineses, naturalmente, vão atrofiar. Vais descobrir que te esqueces de palavras ao escreveres, misturas a gramática inglesa ao falar e, por vezes, demoras uma eternidade a conseguir expressar uma ideia simples.

Por isso, não penses que a língua materna é um dado adquirido. Ela também precisa que a cuidemos, usemos e aperfeiçoemos, tal como faríamos com uma língua estrangeira.

Torna-te um 'cozinheiro caseiro', não um 'gastrónomo'

Muitas pessoas sentem-se assustadas quando pensam em aprender uma língua, pois parece um caminho sem fim. Hoje aprendeste "olá", amanhã tens milhares de palavras e usos à tua espera.

Não tenhas medo. Voltemos à analogia da culinária.

Aprender a fazer uns ovos mexidos com tomate, e já consegues resolver as necessidades básicas. Isso é como dominar a conversação fundamental, que te permite comunicar no dia a dia. O progresso nesta fase é muito rápido.

Já aprender a fazer um 'Fó Tiào Qiáng' (um prato complexo da culinária chinesa) é a cereja no topo do bolo. É excelente, mas não impede que comas todos os dias. Isso é como aprender vocabulário avançado e usos raros: pode tornar a tua expressão mais elegante, mas o impacto na melhoria da capacidade de comunicação essencial tem um efeito marginal decrescente.

Portanto, o nosso objetivo não é tornarmo-nos 'teóricos da gastronomia' que conhecem todas as cozinhas, mas sim 'cozinheiros caseiros' que conseguem fazer alguns pratos especiais sem esforço. Comunicar fluentemente é muito mais importante do que dominar tudo na perfeição.

Não fiques só a ver as receitas, entra na cozinha!

Agora, o verdadeiro desafio: se nunca falaste, como começar?

A resposta é simples: Começa no momento em que decides abrir a boca.

Não esperes pelo dia em que 'estiveres pronto'. Nunca estarás 'pronto'. Tal como aprender a cozinhar, o primeiro prato provavelmente vai queimar, mas esse é o caminho para te tornares um chef.

Não precisas de mais teoria, mas sim de uma 'cozinha' onde possas 'estragar' à vontade, sem medo de seres ridicularizado.

No passado, era difícil. Precisavas de encontrar um parceiro de intercâmbio paciente ou pagar a um professor estrangeiro. Mas agora, a tecnologia deu-nos um campo de treino excelente.

Uma aplicação de chat como o Intent é como uma cozinha global aberta para ti. Podes encontrar pessoas de todo o mundo para conversar a qualquer hora, em qualquer lugar, e praticar as tuas 'habilidades culinárias'. O melhor é que tem tradução de IA em tempo real: quando ficas 'preso' e não te lembras de como se diz uma palavra (um ingrediente), é como ter um chef ao teu lado, pronto a dar-te dicas. Aqui, podes cometer erros à vontade, porque cada erro é um passo em frente.

Vem já para o Intent e começa o teu primeiro 'prato'.

Não te contentes mais em ser um mero observador.

O farto banquete que é o mundo, está à tua espera para que 'abras a boca' e o saboreies.